Indicações Terapêuticas:
O DHA é um ácido gordo essencial da família dos Omega 3 e está altamente recomendado em grávidas e lactantes, por ser um nutriente-chave na prevenção da depressão pós-parto e no bom desenvolvimento cognitivo do bebé. É também um nutriente essencial para manter o bom funcionamento do cérebro e visão no adulto. Estudos demonstram que baixos níveis de DHA plasmático são um factor de risco para o desenvolvimento de doenças degenerativas cerebrais como Parkinson, Alzheimer e a demência.
Saúde Cerebral e Visual
O DHA encontra-se na membrana celular de todos os tecidos, mas concentra-se em particular no tecido neuronal (cerca de 60% do tecido cerebral tem ácidos gordos polinsaturados - PUFA’s - nomeadamente DHA) e na retina, sendo por isso essencial para o desenvolvimento neuronal e visual. A nível cerebral, o DHA desempenha inúmeras funções, nomeadamente:
- Aumenta os níveis de energia celular para a transmissão dos impulsos. Isto é particularmente importante para evitar a excitotoxicidade, um processo patológico que destrói as células nervosas.
- Controla os níveis cerebrais de fosfatidilserina, fundamental para a sobrevivência das células.
- Tem um efeito protector sobre os neurónios, evitando a sua morte.
- Inibe a produção de eicosanóides inflamatórios, através da redução dos níveis de ácido araquidónico presente na membrana celular. Com a idade, a inflamação cerebral aumenta, mas a ingestão de DHA pode reduzir este processo.
Gravidez e Aleitamento
Actualmente o National Institute of Health recomenda a grávidas a ingestão de pelo menos 300mg/dia de DHA. No entanto, estudos indicam que as mulheres grávidas estão longe de ingerir as quantidades mínimas recomendadas.
Se o feto a partir do 3º trimestre de gestação acumula cerca de 67mg de DHA por dia e se a ingestão por parte da grávida é insuficiente, o risco de carência é certo. Assim, a suplementação em ómega-3 está altamente recomendada. Na grávida, o DHA é preponderante para prevenção da pré-eclâmpsia, do nascimento pré-termo e dadepressão pós-parto. No feto, é fundamental para um desenvolvimento cerebral saudável e para o desenvolvimento do nervo óptico. Vários estudos têm vindo ainda a correlacionar a suplementação em ómega-3 por parte da mãe durante a gravidez e aleitamento, com uma menor incidência nos filhos de Défice de Atenção e Hiperactividade e com uma melhor capacidade de aprendizagem.
Défice de Atenção e Hiperactividade
Um estudo conduzido em 1995 com 63 crianças com défice de atenção e hiperactividade, cujas idades se estendiam dos 6 aos 12 anos, mostrou que 53 destas possuíam níveis de DHA na membrana dos glóbulos vermelhos significativamente mais baixos quando comparados ao grupo de controlo. Deduziu-se portanto que uma suplementação com DHA poderá apresentar benefícios para crianças hiperactivas ou com défice de atenção.
Porquê utilizar suplementos de Ómega 3?
Um elevado consumo de peixe (principalmente peixes gordos) foi sempre associado a uma dieta saudável. Actualmente muitos estudos têm vindo a demonstrar o elevado nível de contaminação dos alimentos de origem marinha ou oriundos de aquacultura, e do perigo que estes contaminantes representam para a nossa saúde. O FDA (Food and Drug Administration) recomenda a mulheres grávidas uma limitação na ingestão de peixes gordos devido ao seu elevado grau de contaminação. Desta forma, os suplementos ricos em Ómega 3 surgem assim como alternativas seguras e eficazes que permitem equilibrar a ingestão dos saudáveis óleos de peixe, principalmente nos estados fisiológicos em que as suas necessidades são maiores. No entanto, é cada vez mais importante o consumidor estar informado da segurança dos suplementos de óleos de peixe disponíveis no mercado.